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Paulo Andre Conrado Aguiar: Compartilhando experiência: empreendendo sem capital

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domingo, 25 de novembro de 2012

Compartilhando experiência: empreendendo sem capital

Gostaria de utilizar esse espaço para compartilhar conhecimentos que não estão em livros e nem em técnicas de administração, mas na experiência pratica do exercício de empreender na vida real.

Ao final do curso de administração, percebi que não gostaria de continuar sendo subalterno em uma promissora carreira como bancário, visto o alto grau de competitividade desleal interna, como se não bastasse à competitividade do mercado, além da compulsividade correndo no sangue por ser dono do meu próprio destino e ser meu próprio pratão.

Recém-formado, sem capital para investir, sem saber que negocio iniciar, mas com uma certeza pujante : preciso ser dono do meu negocio. O que tinha em mãos? Um pouco de conhecimento, uma mesada de trezentos reais e uma conta em um Banco onde dispunha de um talão de cheques com 10 dias sem juros.

 
Certo dia saí de casa rumo a uma feira ao ar livre, daquelas em que se negociam tudo, desde hortifrútis a carros e aparelhos eletrônicos. Encontrei um antigo conhecido que estava tentando entrar em um negocio, mas não possuía capital para adquirir a matéria prima pra confecção do produto. Resolvi financiar, indaguei do tempo necessário ao processo de fabricação, entrega e recebimento de pagamento. Percebi uma possibilidade, compraria a matéria prima com cheque para 30 dias, mais os 10 de prazo sem juros do cheque especial, faria 40 dias. Percebi que para realizar a produção e entregar os pedidos não passaria de 5 dias. Mas o cliente queria pagar com 30/45/60 dias. Era arriscado, mas se tudo desse certo, o lucro era alto, e o primeiro pagamento cobriria 70% do investimento da matéria-prima. Decidi financia-lo a um percentual sobre o negocio. Passei a estudar e aprender os processos de fabricação. Resolvi me tornar sócio. A roda girou rápido, o negocio aumentou, sempre me utilizando desse artificio, até que comprei a sociedade e me tornei único dono. Do cheque especial, juntei um empréstimo que se chamava conta garantida, onde dispunha de um valor mais alto e ficava girando esse valor e pagando juros sobre ele. Logo o montante negociado tomou valores que no inicio era impensável. Sucesso a vista.
O que aprendi? Utilizar o credito como alavancador de empreendimentos sem pagar juros, pois me utilizava simplesmente do fator tempo. Que no momento em que se paga juros deve-se refletir bastante se vale a pena. Que não se deve ter medo de cobrar uma margem de lucro maior possível pelo simples fato de achar que é desleal, pois quem financia a vida útil de um negocio é o lucro. Que à medida que o negocio cresce seu tamanho pressiona a margem de lucro. Que nunca se deve comprometer a margem de lucro com aquela historia de vender muito pra ganhar na quantidade, é a maior furada para pequenos em crescimento. Defender com unhas e dentes o lucro da empresa, ele quem a mantem viva. E que todo negocio pequeno depende do equilíbrio pessoal e profissional do dono, a falta desse equilíbrio é um risco comprometedor ao negocio.
Bacharel em Administração de Empresas
MBA Gestão Empresarial

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